1 - NOÇÃO DE FAMÍLIA
A família tem sido conotada com uma multiplicidade de imagens que torna a definição do conceito imprecisa no tempo e no espaço. A par da família-abrigo, lugar de intimidade, afectividade, autenticidade, privacidade e solidariedade, surgem imagens da família como espaço de opressão, egoísmo, obrigação e violência. Esta multiplicidade de conotações é o resultado da combinação e dos equilíbrios de diferentes factores:
sócio-ideológicos, como o tipo de casamento, o divórcio, a residência, a herança, a autoridade, a transmissão de saber; económicos, como a divisão do trabalho, dos meios de produção, o tipo de património; políticos, como o poder, as hierarquias, as facções; biológicos, como a saúde e a fertilidade; ambientais, como os recursos e as calamidades(Slepoj, 2000).
A família, espaço educativo por excelência, é vulgarmente considerada o núcleo central de individualização e socialização, no qual se vive uma circularidade permanente de emoções e afectos positivos e negativos entre todos os seus elementos. Lugar em que várias pessoas (com relação de parentesco, afinidade, afectividade, coabitação ou unicidade de orçamento) se encontram e convivem. A família é também um lugar de grande afecto, genuinidade, confidencialidade e solidariedade, portanto, um espaço privilegiado de construção social da realidade em que, através das interacções entre os seus membros, os factos do quotidiano individual recebem o seu significado e os "ligam" pelo sentimento de pertença àquela e não a outra família. Neste contexto, a definição de Gameiro (1992:187) adquire todo o seu significado: "a família é uma rede complexa de relações e emoções que não são passíveis de ser pensadas com os instrumentos criados para o estudo dos indivíduos (...)A simples descrição de uma família não serve para transmitir a riqueza e a complexidade relacional desta estrutura".
Ler mais em http://www.ipv.pt/millenium/Millenium30/7.pdf
sócio-ideológicos, como o tipo de casamento, o divórcio, a residência, a herança, a autoridade, a transmissão de saber; económicos, como a divisão do trabalho, dos meios de produção, o tipo de património; políticos, como o poder, as hierarquias, as facções; biológicos, como a saúde e a fertilidade; ambientais, como os recursos e as calamidades(Slepoj, 2000).
A família, espaço educativo por excelência, é vulgarmente considerada o núcleo central de individualização e socialização, no qual se vive uma circularidade permanente de emoções e afectos positivos e negativos entre todos os seus elementos. Lugar em que várias pessoas (com relação de parentesco, afinidade, afectividade, coabitação ou unicidade de orçamento) se encontram e convivem. A família é também um lugar de grande afecto, genuinidade, confidencialidade e solidariedade, portanto, um espaço privilegiado de construção social da realidade em que, através das interacções entre os seus membros, os factos do quotidiano individual recebem o seu significado e os "ligam" pelo sentimento de pertença àquela e não a outra família. Neste contexto, a definição de Gameiro (1992:187) adquire todo o seu significado: "a família é uma rede complexa de relações e emoções que não são passíveis de ser pensadas com os instrumentos criados para o estudo dos indivíduos (...)A simples descrição de uma família não serve para transmitir a riqueza e a complexidade relacional desta estrutura".
Ler mais em http://www.ipv.pt/millenium/Millenium30/7.pdf